O mundo é uma ervilha!

Maio de 2005

1º dia de viagem, outro lado do atlântico, velho mundo, não falo uma palavra em espanhol, não sei onde está a esteira de bagagens no aeroporto, danou-se.
Acho a esteira. Encontro minha mala. Esperaaaa, outra pessoa pega a minha mala.
Nãooooo, penso. Como vou pedir minha mala de volta, como poderei ficar aqui 3 meses sem mala? Nãoooooo.
Eu - Moça, esta mala é minha.
Ela - Não, é minha, olha a fitinha que eu coloquei aqui.
Sempre achei essas fitinhas o fim, mas dessa vez salvou a vida dela. Ou a minha. Ela tinha uns 30 anos e uns 30 quilos mais que eu.
Ela - Ah, você é brasileira? Mora aqui?
Eu - Não, vim estudar.
Boa sorte, boa sorte, tchau, até logo...

Dezembro de 2005

8 meses depois, no dia de eu vir embora p meu Brasil tão quentinho, fui me despedir de uns amigos.
Eu - Oi, vim falar tchau, to voltando p casa, p verão, p minha vida real. (Ai que triste essa parte).
Eu - Peraí, você não é a moça do aeroporto?
Ela, assustada: eu, aeroporto, que?
Eu - Simmmmmmmmm, vc que tentou pegar minha mala que não era minha, era sua.
Jejuisssssss vamos jogar na mega sena. Daqui teu bilhete agoraaaaaaaaa.
Será que eu vou ficar rica?

Ela é mãe da namorada do cara que morava com meu amigo.
Aliás, já li em algum lugar sobre uma teoria que só existem não sei quantas pessoas no mundo... Acho que é verdade