quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Eu sinto vergonha alheia

Acordei e, pela janela do meu apertamento pequeno burguês, vi que estava chovendo. E com uma cabeça de gente folgada pensei: hoje vou trabalhar de carro. Sim, porque normalmente prefiro o metrô, que não me estressa (tirando os loucos que não sabem que o trem passa de 2 em 2 minutos e entram na sua frente, mas essa história fica p outro dia), posso ler e não tenho de dirigir (melhor parte).

Até que o trânsito fluiu bem até chegar a alça de acesso a Dr. Arnaldo. Estava tendo uma passeata da Força Sindical, que protestava por juros mais baixos.

Sou super a favor de passeatas e admiro quem as integra. Mas hoje, no adiantado da hora, peguei meu celular de burguês, no meu carro de burguês (mentira) e liguei para o trabalho: - olha, vou me atrasar, to parada no meio de uma passeata. Por Jejuis Cristio eu estava longe e o cara do carro de som não me ouviu.

Na sequência, um taxista de cabelos branquinhos xingou o povo. Só que o cara do microfone viu e, aposto, o taxista quis fazer um buraco e colocar a cabeça dentro (se ele tivesse um pingo de noção, claro).

Como provavelmente o senhor já devia ser aposentado, pelo adiantado da idade, ele devia sentir vergonha de não apoiar esse tipo de movimento. Porque se os juros não baixarem, as pessoas vão perder o emprego. E se elas perdem o emprego, o taxista não tem passageiro. Daí ele vai ter de deixar o carro em casa e curtir a aposentadoria. Porque, claro, ele deve ganhar muiiiito bem e está trabalhando só para se divertir no trânsito de SP.

Foi isso que ele ouviu. E todos nós do engarrafamento também. Daí, ainda por cima, ele foi vaiado. Eu no lugar dele tinha descido do carro e saído correndo. Lição de moral!

Eu que vira e mexe sinto vergonha alheia, a ponto de mudar de canal quando vejo uma cena vexatória, primeiro quis aplaudir. Depois achei melhor levantar o vidro, já que tinha de ficar ali parada mesmo, e ligar o rádio. Eis que vem a notícia: Lula se encontra hoje com banqueiros para discutir os juros do cheque especial e o crédito. Semana que vem tem reunião do Copom.

Eu que morria de inveja dos argentinos com as panelas, senti vontade de dar o cano no trabalho e engrossar a massa da passeata. Well, mas por ironia do destino, só quem tava lá eram, em sua maioria, imagino, os desempregados. Ou seja, gente que tá lutando pelos que ainda estão empregados. Incluindo a mim e ao taxista.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

objeto não identificado no vaso sanitário

Ela chegou em casa.
Foi para o banheiro.
Tirou a roupa suja.
Abriu o cesto.
Tomou banho pelada.
Saiu do box.
Olhou a privada.
Que que minha calcinha tá fazendo aí, ein?
Ops, será que fez xixi no cesto? não to entendendo...
Não fui eu, já adianto!

É nóis

Olha o Brasil ditando tendência

Chamada da home do UOL das 15h40 de hoje:
EUA
Obama assume e diz que "A esperança superou o medo"

Pergunta: isso não era a resposta da campanha do Lula no segundo turno do primeiro mandato em resposta a Regina Duarte que tinha medo de tudo?

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O feitiço virou contra o feiticeiro

Outro dia eu tava toda feliz, até postei aqui, sobre o novo atendimento de call Center. Ontem senti na pele a parte ruim. Liguei para a TIM, puta da vida, querendo um desconto para adquirir um determinado aparelho e também mudar de plano, queria comprar mais minutos. Depois de argumentar muito a atendente me disse que não podia me dar mais descontos e me ajudar em nada. Fique puta e, numa tentativa de pressioná-la, disse: - então quero cancelar minha conta. E ela: pois não, só um minuto que vou passar o número do protocolo. Meia hora depois estava sem celular. Me senti órfã.
Desesperada, sai do trabalho mais cedo para adquirir outro aparelho e outro número. Chego ao shopping e tinha acabo a luz. Entrei em pânico. Fui para casa e não tinha TV a cabo, não podia assistir nem A Favorita, nem o Big Brother. "Se" fodi. Sem celular, sem novela, sem televisão. Como moro do outro lado da rua, vi quando a energia foi restabelecida. Final da noite: celular novo e a Favorita na praça de alimentação do shopping, não tem preço.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Conseguiram piorar ainda mais o Big Brother

A Vivo, empresa de telefonia celular, resolveu fazer um Big Brother nas ruas de São Paulo, percebi hoje pela manhã, ao vir para o trabalho.

Explico. Colocaram uma camiseta gigante em duas pessoas daquelas que distribuem aqueles famigerados jornais (*) nos faróis. Uma coloca um braço de um lado, fica com o outro pendurado e a outra pessoa idem. Conclusão, eles têm de ficar o dia todo grudados. Fiquei pensando de dentro do carro, será que essas pessoas se dão bem? Porque sim, ficar grudado com outra pessoa, por mais que vc a ame de paixão, não deve ser fácil. Deus me livre.

* O primeiro jornal que vi desses, com distribuição gratuita, foi o MetroNews. Depois vieram muitos outros: Destak, Metro (que conheci na Europa)... Agora apareceu um tal de Resumo, que é feito pela mãe Dina. O slogan do jornal é: Os principais acontecimentos da sua próxima semana. Como assim?

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O meu País é o melhor país do mundo inteirinho

Vivo discutindo com meu marido quando assistimos juntos ao noticiário. Ele é daqueles que gosta de reclamar, reclamar de tudo. E eu sempre digo: peloamordedeus, quer reclamar, então junta uma galera e faça um panelaço, como os argentinos, ou bota fogo em alguns carros, como os franceses. O que não dá é sentar a bunda no sofá e encher a cabeça de uma pobre coitada como eu, depois de um dia inteiro de trabalho duro, escutando minha cliente falar abobrinhas na minha cabeça. Isso não.
Sim, a política no Brasil é uma bosta, por conta disso, a economia, a saúde, a educação e uma lista gigante de coisas tb são uma bosta. Isso sim. Mas outro dia eu tava pensando, eita Brasilzão bão que a gente tem.
Na minha experiência fora daqui era assim: alguém me servia uma cerveja. Eu já logo ia dizendo: no meu País a breja é mais gelada, lá o copo é limpo, e a Skol me faz uma falta, ai ai. Se alguém me dava um teco de pão, eu soltava: ah, mas o pão daquela padaria do lado de casa é muiiiiiiiiiiito melhor que esse. Eu ein, não sei como vcs podem viver num país assim. Depois de muitos tóins, claro, ninguém quer ver gringo de paizinho de terceiro mundo falando mal do seu, me convenci mesmo que esse é o melhor país do mundo p se viver. Peguei minhas malas e voltei. Vejam o caso dos coitadinhos dos palestinos agora. Eu ein.

Uruca

São Pedrão, dá p vc me dizer quem é que tá me boicotando? Sim, pq agora que tenho a minha faxineira de volta, sábado só fez sol depois das 5h da tarde, quando eu estava saindo para um aniversário. Domingo tava quente mas não tinha sol. Conclusão, não usei a tão desejada piscinha do prédio.
Em tempo, acho que nunca fez sol desde que me mudei p lá. E alguns vão me dizer: - como não faz sol? olha o dia de hoje. Calma people, de segunda a sexta eu to labutando.
Podre é uma merda mesmo

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Faz tempo...

.... que não passo por aqui. Final de ano é assim, tanta coisa p fazer, a gente acaba esquecendo de alguma coisa. Trabalhei feito uma escrava branca para adiantar todo o trabalho e poder folgar uns dias. Aliás, folga para mim é não fazer nada. A gente já diz isso de um folgado. Mas no meu caso, lavei, passei, cozinhei, limpei e levei minhas enteadas p praia (*). Conclusão, descanso que é bom, nadica de nada. Mas tudo isso foi bom, a faxineira que tinha sido dispensada foi chamada desesperadamente de volta. Agora, meus sábados voltam a ser para eu fazer as unhas, depilação e o caralho que eu quiser fazer. Resolução de ano novo: não vou mais perder meus sábados lavando banheiro e passando roupa.
Agora, com a volta da faxineira e com as minhas enteadas de férias com a vó, agora sim terei férias.

(*) E quem disse que ir p litoral no fim do ano é lazer? casa cheia, sem água, lavar pratos de 30 neguinhos, fila p banheiro. Isso é lazer? Final de semana, com a volta da Rosinha, minha faxineira exemplar (o que o desespero não faz, ein?), vou ficar o final de semana inteiro na piscina. Ueba