sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A 1ª vez no estádio de futebol

Na minha casa até o cachorro era palmeirense. Meu avô, aquele típico filho de italiano, narigão e orelhona vermelhos, dizia quando eu era ainda muito pequena e barulhenta: xiiiiiiii, o Palestra vai jogar.
Minha mãe se casou com meu pai, palmeirense. Minha tia, idem. Bem, deste cedo aprendemos, as mulheres, a participar de cada jogo.
Como já disse em outro post, lá em casa eu sou a mais normal. Minha tia levava o gnomo para o bar, achava que ele que fazia o parmera ganhar. Coitado, acho que ele morreu, nosso time tá tão ruinzinho, né.
Bem, eu vivia pedindo para me levarem ao estádio, até que um santo tio resolveu fazer esta caridade.
Lembro-me como se fosse hoje: como garoava! Eu já devia ter uns 20 e poucos anos. Comprei-me uma capa de chuva e fiquei lá, vendo meu time perder do Vasco! Como bom torcedor da área do amendoim, aprendi umas musiquinhas, aprendi a xingar os jogadores, etc. Só mais tarde que me dei conta que isso não se faz, nem quando um jogador ganha zilhõessssss de reais a mais que você que tá lá, gastando seu tostão na chuva, tem preguiça de correr.
Foi tudo ok, sem maiores problemas, além do parmera SÓ conseguir empatar. Eis que chega o outro dia. Na época, trabalhava em um jornal, onde todo mundo sabia de tudo. E via tudo.
O FDP do Gavião Bueno, com aquela voz insuportável, me achou em meio a torcida. E, enquanto o câmera me focalizava, ele dizia: e a torcida palmeirense sofre nesta noite chuvosa. Fela da madre, precisava chicotear e pisar em cima. Aiiiiiiiiiiiiiiii.

Um comentário:

Little Cris disse...

Palmeirense também?
Opa, mais uma coisa em comum!!!
Menina, muito bom o seu post, morri de rir ;o)