quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Depois falam que loira que é burra!

Família é coisa muita louca. Que atire a primeira pedra quem não concordar ou tiver uma família normal. Então, pense em uma família de gente estranha. Depois multiplique por 10. Esta é a minha. Nunca vi tanta gente atrapalhada junta.
Minha mãe é assim: mãe, você lavou uma blusinha preta, com um decote em v, de manguinha (dou todas as dicas para não ficar dúvidas). E ela me responde, sempre me olhando, como se estivesse super prestando atenção: uma branquinha? Ah, meu, não há nervos que resista.
Então, em uma bela tarde de sábado, vamos, eu e minha querida tia, uma das anormais de mesmo sobrenome que eu, com um FORD K PRETO (em caixa alta para ninguém se perder na história) na casa da outra tia anormal.
No meio do caminho ela me pede: - pára na padaria que preciso comprar cigarro.
Claro, digo, muito solícita. Mas oh, não demora que eu to em fila dupla e isso é infração no trânsito! Digo em voz alta.
Dois minutos depois sai a criatura. E eu no carro, ligado, continuo em fila dupla.
Ela caminha pela calçada, entra em um GOL QUADRADO VERDE!
E eu: filha da #*&¨%$#, vai bater papo e eu esperando. Imaginei, inocentemente, porque a gente sempre quer acreditar nos entes queridos, que ela tinha encontrado alguém na padaria que disse que fulano estava fora, no carro. Sei lá, meu.
Mas não! Ela entrou no carro, bateu a porta e, soube depois, disse ao motorista que estava com uma menina loira de uns 3 anos no colo: vai, vamos, você não está em fila dupla?!
Eis que o educado senhor lhe responde: - acho que a senhora entrou em carro errado.
E eu, nessa altura do campeonato, já tinha percebido a gafe e não conseguia mais mover um músculo da barriga, que me doía de tanto rir.
Para piorar, enquanto a criatura saia do carro, eis que vem também saindo da padaria, suponho, a esposa do dono do carro e pai da criança loirinha, loirinha.
Acho que ele apanhou, porque mulher nenhuma acreditaria numa história dessas.
Ah, falei da criança loira, porque nessa época, não sei onde estava com a cabeça (na água oxigenada, só pode) essa que vos escreve tinha o cabelo blond. E a demente da tia vem me explicar: - ah, quando entrei no carro, olhei de rabo de olho e vi uma cabeça loira...
Ah tá!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse é o post mais engraçado até agora. Ele fica hilário quando a pessoa te conhece e sabe o jeito que você fala... imagino seu tom de voz e sua cara ao dizer "filha da #*&¨%$#, vai bater papo e eu esperando". hahahahahha. muito bom.
beijos, beijos.