terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Quando a memória falha é melhor manter a boca fechada

Eu tenho péssima memória visual. Quer dizer, até lembro das pessoas, mas nunca lembro o nome, de onde conheço etc.
Eis que entro no fumódromo do meu antigo trabalho (nessa época eu ainda fumava), sento e vejo um cara na minha frente (que eu sabia conhecer, mas não de onde, pra variar).
Ele me olha e manda: oi fulana, tudo bem, você ainda trabalha aqui? (ai, odeio quando ainda me chamam pelo nome e eu sequer lembro o apelido da pessoa).
Como eu fiquei lá quase uma década (é, porque comecei a trabalhar no primeiro ano da faculdade, não porque estou velha. Que fique claro), pensei: esse é um daqueles que saiu e voltou mil vezes, como outros tantos mil.
Mandei: Oiiiiiiiii, você voltou? To aqui sim, desde aquela época. (querendo dar uma de esperta. E é aí que a gente sempre se ferra)
E ele: voltou de onde?
Eu: aha aha (com pigarra)
Ele: (tão bonzinho, quis me ajudar) A gente trabalhou junto na ...., eu sou fulano, lembrou agora?
Eu: Lógicooooooo que to lembrada, imagina. Só fiz uma pequena confusão.
E eu, quando me dei conta de quem era, lembrei que já naquela época tinha certeza que ele era gay, absolutamente gay.
Como um fora só é bobagem pra mim, o menino sentou do meu lado e soltou: que bom que eu te encontrei de novo, nossa, desde aquela época eu te achava interessante (ahhhhhhhhhhhh????????).
E eu: como assim, meu querido, tem alguma coisa errada. Eu sempre tive certeza que você era... (e me calei a tempo de não falar o que estava pensando, aliás, acho que pela primeira vez na minha vida)
Ele: que eu era o que?
Levantei e disse: olha, depois a gente conversa, estou no meu fechamento e tá tudo verde ainda. Um beijão, prazer em revê-lo.

Um comentário:

Anônimo disse...

hahahaahahahhaahhahahaahahah, vc é doente... só pode...