domingo, 2 de dezembro de 2007

A noite em que quase lavei copo

Sexta-feira, contagem regressiva para às 18h, fazer as unhas, cuidar um pouco de mim e ir para Itu...ah Itu, como é bom ir para lá, ser paparicada pelos amigos, tomar cerveja com eles no Bar do Fábio, dar risada, falar amenidades engraçadas, entre tudo o que faço por lá.
Chego em Itu às 23h. Carcam e Grillo estão me esperando e a próxima parada é na esquina da Bom Jesus, no Bar do Fábio, um lugar minúsculo, que vende uma Original estupidamente gelada e que tem como característica principal a nostalgia. Mas por que nostalgia? Imaginem um local kitch, com muitos discos das décadas de 70 e 80, brinquedos e objetos da mesma época, fotos atuais. O Bar do Fábio é um é canto único e ímpar de Itu. Agora que já entenderam o que é o Bar do Fábio, vamos ao acontecimento da noite.
Começamos a tomar cerveja – eu e o Grillo, afinal o tigrão do Carcam está com gastrite e num regime alimentar pesado. Uma cerveja, duas cerveja, três cerveja, um Malboro Light e de repente os dois viram para a minha pessoa e avisam:
- “Xi, to sem grana. Aline faz a de hoje que amanhã a gente acerta”.
- Beleza gatos! Eu faço!
Eis que resolvo pagar os R$ 20 que ficou a nossa conta. Abro a carteira para pagar a conta, pego o dinheiro e percebo que só tenho notas de R$ 2. Deu aquele gelo na barriga, mas passou logo, afinal eu tinha dinheiro na bolsa. Junto a grana e as moedinhas perdidas e chegamos a soma de R$ 13. Caraca meu, o Fábio tem que colocar débito no bar o mais rápido possível.
Lembrei que uma vez saquei dinheiro depois das 23 horas em São Paulo e acreditei que a regra valia para Itu também. Fomos ao caixa do BB para tirar dinheiro e o caixa estava fechado. Olhei para o Carcam e apenas falei...simbora lavar copo a madrugada inteira.
Voltamos para o Bar do Fábio e o Grillo lá sentado perguntando como eu afirmo ter grana se não tinha. Aí comecei a lembrar que paguei as unhas, táxi e passagem com dinheiro e logo que o dinheiro acabou e eu nem percebi. A atendente do bar – minha xará por sinal – morria de rir, achava que nós estávamos bêbados e fudidos.
Aí eu tive a grande idéia da noite. Ir ao Vila – bar concorrente do Fábio, na outra esquina o qual o dono é meu amigo - passar o meu débito e pegar dinheiro. Cheguei no Vila na maior cara de pau, entrei, abracei Deus e mundo, conversei com Deus e mundo, peguei uma cerveja, fumei um cigarrinho e estava lá me divertindo até que o Grillo foi me buscar, chamando a minha atenção porque eles estavam lá, prestes a lavar copos e eu lá bebendo em outro bar. Enfim, fui pagar a conta e pedi para a atendente passar R$ 20 a mais no cartão e me passar o dinheiro, afinal não conseguia sacar e talvez precisasse para alguma coisa. Na mesma hora ela me passou e lá fui eu embora aliviada e feliz da vida!!!
Chego no Bar do Fábio e ele simplesmente olha para mim e fala:
- PQP Aline, que correria besta por conta de R$ 7. Deixasse quieto que depois os cavalões – Grillo e Carcam – acertavam.
- Nem fudendo Fábio, nunca venho aqui e quando venho ainda dou perdido de R$7 no bar??? Pára meu!!!
Eis que o Carcam entra na conversa:
- Meu amor, vamos embora? To pregado!
E eu:
- Claro, mas a gente merece uma saideira, né?
- Oh se merece, depois dessa correria...Fábio, manda 2 saideiras!

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